O Sabiá
Oh! meu sabiá formoso,sonoroso,
já desponta a madrugada,
desabrocha a linda rosa
donairosa,
sobre a campina orvalhada.
Manso o regato murmura
na verdura
descrevendo giros mil,
some-se a estrela brilhante,
vacilante
no horizonte cor de anil.
Ergue-se, oh meu passarinho,
de teu ninho,
vem gozar da madrugada,
modula teu terno canto,
doce encanto
de minh"alma amargurada.
Vem junto à minha janela,
sobre a bela
verdejante laranjeira,
beber o eflúvio das flores,
teus amores,
nas asas de aura fagueira.
Desprende a voz adorada,
namorada,
Poeta da solidão,
ah! vem lançar com encanto
mais um canto
no livro da criação!
Oh! meu Sabiá formoso,
sonoroso,
já desponta a madrugada;
deixa teu ninho altaneiro,
vem ligeiro
saudar a luz d`alvorada.
Neste texto o autor ( Fagundes Varela ) tende a expressar a beleza, as atitudes, e características do sabiá. Ele fala que o sabiá é formoso, que é o responsável por abrir a madruga, desabrochar uma rosa apenas sobre uma campina. Comenta também sobre o vôo do pássaro , que diz ter giros mil, e o compara a uma estrela, que se perde pelo céu anil. Ele incentiva o passarinho a sair do seu ninho, e aproveitar a madrugada, cantando para ele em sua janela, na madrugada, com a sua voz de poeta solitário. O autor cita também, os comportamentos do sabiá: de sair do ninho de madrugada, formoso e gracioso . O canto do pássaro é um encanto para Fagundes Varela.
A flor do maracujá
Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.
Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!
Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá!
Por tudo que o céu revela!
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está!!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.
Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!
Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá!
Por tudo que o céu revela!
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está!!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!
Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!
O autor ,faz utilização da redondilha maior, dando ao poema um tom de leitura mais popular. Em sua estrutura ele faz a utilização repetitiva de alguns termos no início dos versos, como as palavras pelas e pelo. Podemos perceber ao longo do poema, que o autor faz um apelo referente a elementos da natureza, para que a pessoa a que ele faz este apelo, guardar um emblema que ele pede. Na ultima estrofe ele utiliza um tom humorado, e pede para que não se enojem das rimas repetitivas que ele utiliza.
Poema
Estrelas
Singelas,
Luzeiros
Fagueiros,
Esplêndidos orbes, que o mundo aclarais!
Desertos e mares, - florestas vivazes!
Montanhas audazes que o céu topetais!
Abismos
Profundos!
Cavernas
E t e r nas!
Extensos,
Imensos
Espaços
A z u i s!
Altares e tronos,
Humildes e sábios, soberbos e grandes!
Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!
Só ela nos mostra da glória o caminho,
Só ela nos fala das leis de - Jesus!
Neste poema o autor caracteriza de maneira simples coisas que ele fala, como por exemplo: “estrelas,singelas” . Ele fala também para que tanto os humildes e sábios, como os soberbos e grandes para se dobrarem ao vulto sublime da cruz, que a que mostra , segundo ele, as leis de Jesus. O poema tem uma característica interessante, pois ele faz o formato do poema , em forma de cruz, que é o objetivo principal por ele , falado no texto. Porem essa forma de poema utilizada pelo autor , é além das estruturas utilizadas pela época em que ele foi publicado .
9 comentários:
Bacanas as análises dos poemas. Na análise do poema A flor de maracujá, coloquem o acento nem "Última estrofe". Na última análise, coloquem o acento em "porém".
Salvo minha pele! trabalho em cima da hora é osso! uahsusahusah ;D
vlw ;D
obrigado achei tudo o que queria
Muito abrigada senhores companheiros, adorei ler estes poemas de Fagundes Varela e declaro que tenho um amor platonico por ele.
amei ler esses poemas
uma droga ´´odeio ler´´
A análise feita do poema A Cruz está muito boa.
acho que devia explorar mais o poema a Cruz. A principal ideia para mim é que a salvação é de cada um, então pobres e ricos, grandes e pequenos não importa diante as leis de Cristo, pois a salvação é através dele, sem preconceito, raça, cor e etc.
Sobre o que fala o poema A flor do maracujá ? Qual sua temática.
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